sábado, 29 de maio de 2010

Get back to where you once belonged

Escrever sempre foi uma das minhas paixões.

Desde menina eu adorava as aulas de Redação do colégio. Lembro de uma vez ter escrito um texto de quatro páginas para uma lição de casa, um romance no melhor estilo “A Princesa e o Plebeu”, que obviamente teve de ser abortado por uma outra redação que nem me lembro mais qual era, porque nem foi marcante. Cheguei a me inscrever em alguns concursos, mas nunca ganhei, só obtive uma “menção honrosa” uma vez.

Como a maioria das meninas que conheço, mantive vários diários, os primeiros realmente para contar meu dia-a-dia, e mais tarde, despejava toda a minha angústia adolescente de amores não-correspondidos nas páginas daquele que eu chamava de “melhor amigo e único confidente” (sim, pelo visto eu era Emo e não sabia, e agora que vocês sabem disso, evidentemente serão sumariamente executados numa clara tentativa de queima de arquivo). Nestes momentos em que eu escrevia no diário eu descobria a minha verdade, a verdade sobre as coisas que estavam acontecendo ao meu redor, sem fantasias. Eu sabia até quando estava enganando a mim mesma.

Aos 17 anos, passei no vestibular e adivinhem em qual faculdade entrei? Não, erraram, foi em Publicidade, mas queria ser Redatora.

No ano seguinte os blogs começaram a se popularizar e eu não podia ficar de fora da onda. Não, eu não revelarei o endereço do meu antigo blog, pois ele foi apenas uma extensão eletrônica do “meu querido diário”, mas a versão menininha, não a angústia adolescente. A única vez em que resolvi postar um desabafo bem pessoal, quase provoquei uma confusão familiar, a ponto do povo pensar que eu estava querendo me suicidar. E aí eu desanimei...

Desanimei de tudo, passei por um período bem conturbado na minha vida, uma época que não gosto de lembrar, pois me fez esquecer e duvidar de mim mesma, dos meus valores, das minhas paixões, a escrita inclusive, e eu não conseguia ver como sair dessa.

Dizem por aí que “o tempo é o senhor da razão”, e no meu caso nada poderia ser mais verdadeiro apesar de clichê. Ele passou e eu recuperei o que tinha perdido, alem de ganhar outras coisas muito preciosas.

Faltava eu me reconciliar com a minha paixão pela escrita. Estamos nos reaproximando aos poucos, como um casal que ficou um tempo separado e tenta um revival. Uma colaboração para um blog aqui, um comentário-post num blog ali, e eu comecei a ver que estava na hora de ter um espaço só meu, para dizer coisas que não cabem em 140 caracteres, para contar o meu dia-a-dia e revelar minhas verdades. Não prometo vir todos os dias, apenas em meus momentos de sanidade temporária.

Sejam bem-vindos!

P.S.: Infelizmente meus conhecimentos em html não chegam ao ponto de me permitir fazer um layout personalizado para o blog. Isso é coisa que virá com o tempo, prometo. Se alguém quiser me ajudar, habilite-se, por favor. Obrigada!

3 comentários:

  1. O primeiro comentário, claro, precisava ser meu!
    Desde sempre eu falava pra vc: "Nana, vc tinha que ser Jornalista e eu publicitária"... Hj é tudo ao contrário...
    Hoje imagino que as coisas são como devem ser...
    Bom, vou acompanhar as suas sanidades aqui e na vida real.
    Bjo,
    Bi

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  2. Aeeee, mais uma forma de acompanhar sua sanidade. Primeiro por msn, agora por aqui.

    "Looking forward to see what your sanity can come up with."

    Beijos, Nana. =)

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